segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Trabalho comunitário mais-valia para Junta de Freguesia

A Junta de Freguesia de Avelãs de Cima tem vindo a receber, desde algum tempo a esta parte, prestadores de trabalho comunitário, isto é, pessoas que incorrem em infracções, por exemplo, apanhadas a conduzir com excesso de álcool, às quais são aplicadas multas que, neste caso, e devido a dificuldades financeiras, são convertidas em horas de trabalho comunitário. O presidente da Junta de Freguesia, Manuel Veiga, considera que “é uma mais-valia para a Junta”. No seu entender, para além de “colmatar algumas necessidades que temos, devido aos poucos recursos de mão-de-obra, é também uma forma de integrar estas pessoas socialmente”. Explicou que esta situação surgiu porque a Direcção-Geral de Resinserção Social contactou a Junta no sentido de saber “se estávamos interessados em receber pessoas para cumprir trabalho comunitário. Como não havia custos para nós, decidimos aceitar”. No seu caso, nunca se registaram quaisquer problemas com as pesssoas que por ali têm passado a prestar serviço comunitário, antes pelo contrário, “tudo tem corrido bem, as pessoas cumprem o trabalho que lhes é destinado sem regatear, mesmo quando este é mais exigente”. O autarca realçou que um deles que “andava num curso de formação do Instituto do Emprego de Águeda vai agora fazer um estágio profissional numa empresa da freguesia”. Manuel Veiga adiantou que estas pessoas “não têm qualquer custo para a Junta, uma vez que estão a pagar a sua pena com horas de trabalho comunitário. Têm apenas um seguro de trabalho que é assumido pelo Ministério da Justiça”. Sublinhou ainda que “existe uma articulação constante entre a Junta de Freguesia e os serviços de Reinserção Social que acompanham os prestadores de trabalho”. De referir que esta possibilidade de pagar as multas com trabalho comunitário não é recente, se bem que agora o número de pessoas a realizá-lo tem vindo a crescer, fruto da evolução da aplicação de penas. Na maioria dos casos isso acontece a seu pedido. Uma vez que não têm possibilidades financeiras para pagar a multa solicitam ao juiz para substituir por trabalho comunitário. Questionado sobre se estas pessoas vêm substituir eventuais trabalhadores da Junta, o autarca afirmou que “estas pessoas não vêm substituir ninguém. São apenas mais um suporte de apoio que acabam por suprimir algumas das nossas carências, daí que tenhamos aceitado estes prestadores de trabalho comunitário, contribuindo também para a sua inserção social”, acrescentando que “se fossem para a prisão seria bem pior para eles, pois seriam sempre conotados como presos e socialmente acabavam por ser discriminados”. No caso de Avelãs de Cima, os indivíduos trabalham ao sábado. (notícia completa na edição impressa do RB)

2 comentários:

  1. Vejam se aproveitam para fazer o saneamento básico, corrigir curvas perigosas, limpar as florestas, as valetas.....e porque não colocar os rendimentos malandros a contribuir em alguma coisa .

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  2. Há algumas coisas que ainda não compreendo como conseguem compreender. Acompanho os vossos Blogs, porque no fundo "algumas" coisas tem o seu fundamento, outras nem tão pouco.
    Em primeiro lugar é impressionante como uma Boa noticia, dá sempre origem a um comentário de Critica. Dos 4 exemplos dados neste comentário, apenas um tem realmente o seu valor. Reparem, vamos colocar uma pessoa em trabalho comunitário a "fazer o saneamento básico"??? É a mesma coisa que me pedirem para reparar um carro. Sim eu faço, mas e como se faz? a segunda quase nem merece comentário pela falta de informação que a levou a ser referida. Como é que sendo estas pessoas um apoio para a Junta de Freguesia, vão fazer algo que não é da competencia das Juntas de Freguesia? com que meios? e mais uma vez, com que formação/saber?
    Limpar florestas, sim, de certa forma até está correcto, mas não é da competencia dos proprietários esta tarefa? e mesmo que tenha interveniencia do estado, uma vez que pagamos os nossos impostos, não haverá muitos outros para se colocar em tarefas destas antes das pessoas em trabalho comunitário? Os presos, rendimentos minimos, etc?
    E por ultimo, limpar valetas, está correctissimo, um trabalho em nada dificil, muito necessário e de facil aprendizagem para quem não sabe. Mas e não será isto que estas pessoas estão a fazer?

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